terça-feira, 14 de setembro de 2010

Sentimentalmente solitária

Aqueles dias de inverno, do vento suave que causava calafrios, não são mais os mesmos. Aquelas velhas histórias que minha mãe contava para dormir, morreram na minha mente. Aquele abraço forte do dia das crianças, não existe mais. Mas, minha alma pensa em reagir a essas barreiras solitárias que me dão angústia e medo... que me fazem sentir sua falta a cada foto que olho, a cada lágrima derramada, a cada suspiro. Você, eu, nós... o que isso quer dizer? Nada. O nós nunca existiu e você insiste em me ignorar cada vez mais, renunciando todos os meus carinhos, e meu amor por ti.
Olho para o céu, e não consigo mais ver nada, porque eu preciso de alguém, que não seja você. Porque amor não é quem nos faz sofrer, amor é com quem podemos contar, agradecer por cada dia que está conosco, e poder sentir seu coração bater forte quando você o toca. Talvez eu precise renascer, e não te encontrar mais. É, vou fazer isso.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fatal

Onde você está? Porque me deixou aqui? Para onde foi a nossa promessa feita? Cadê aquele sentimento tão sincero? Admito que as vezes não me reconheço, por correr tanto atrás do que não existe. Você me deixou parada, em pé, naquela porta branca e detalhada de cinza. Fiquei te esperando até o momento que aguentei, naquele frio de arrepiar a alma, de congelar o cérebro, e desisti. Aquela nossa promessa nunca existiu, porque eu estava paralisada na sua atração que me deixava sem piscar, e no momento que você falou, eu apenas fiz um sinal com a cabeça. Eu não sei quem eu era naquele momento. Depois que você me deixou sozinha naquele quarto escuro, com furos no telhado, onde eu via assombrações, passava frio e achava que estava morta, não consigo mais me referir ao que me leva a você. Eu fiquei de esperando dias ou meses, não consigo lembrar, porque eu sofri tanto com isso, que a vida tinha perdido o sentido, eu não sabia mais quem era, nem o que queria. E o culpado de tudo é você, por ter feito disso uma brincadeira inesperada e provocante.

Eu não admito que era eu que passava por aquilo tudo, eu não fiz nada. Porque eu? Apenas fiz o que acontecia, o que o destino me mandava. Alias, o destino organizou esse seu teatro, ou você fez dele o destino? Não adianta mais, não entrarei nesse pesadelo de novo. Eu quero uma claridade na minha vida. Passei muitos meses no escuro, tendo alucinações, e agora eu não quero mais você na minha vida. Não te quero mais perto de mim. Se conseguis-te ficar esse tempo todo distante, porque não agora? Agora que eu acordei, e nem lembrava de você, você tenta me escurecer de novo e me levar para sua "atração fatal"? Não. Eu não caio mais nessa. Desculpe.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Frugal

Acordo demanhã sem saber que dia é, sem saber quem sou e não sabendo que já acabou meu sonho. Algo me corrói por dentro, me deixa de um jeito que nem eu sei explicar. Talvez eu saiba, mas não compreenda que isso é apenas aquilo que já passou, e que hoje, não mais importa. Eu posso ser apenas eu entre muitas, ou eu posso ter muitas em mim. Mesmo sendo tão simples, eu não consigo entender, e não evito. Talvez quando ouver a perda, eu caia na real, e te liberte do meu ser. Não, não será você que se libertará, será o meu sonho em você. Porque, o você em mim é apenas o mim em você. Só quero constatar que quando algo não quer sair, não tem como faze-lo sair. E é isso que eu sinto, eu quero te tirar de mim, da maneira mais simples, porém, brutal.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Infatigável

Parece que o tempo não cansa de conjugar o passado, libertando todo aquele caos que ali permanece a solidão e o sentido da angústia. Talvez a única certeza seja de apenas viver por viver... sem ligar para o destino que nos aguarda, sendo alegre ou meio infeliz de forma capaz de superar tudo e viver na insônia. E enquanto isso permanecer insano, prefiro rever meu passado e ficar infatigável... Isso, pelo menos passa, e se alguém vivesse de ânsia de acertar mas nunca conseguir, e continuar tentando e sempre ser o mesmo resultado? Isso, concerteza é vida de louco...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Inamovível

Desses dias pra cá, tudo parece não ter sentido. Coisas que eu pensava fazer, agora já não tem a mínima importância. Parece que com o passar do tempo, a vida se torna mais semelhante ao passado, coisa incomum, que tem sentido nenhum, mas na realidade, algo acontecerá. O que eu mais queria agora, era congelar no tempo, parar por pelo menos 5 dias sem saber dos desastres do mundo e da vida. Ficar inamovível, sem pensar, andar, respirar, amar... Coisas sem sentido não nos levam a lugar algum, só nos fazem sofrer por algo que não existe, nos levam ao mundo subterrâneo sem volta, e nos prendem por um longo tempo, até se dar por conta de que o tempo está agindo, e nós tumultuando arrependimentos e desgastes que fizemos nele. Talvez, a melhor coisa que temos a fazer, é recomeçar uma vida, enquanto o tempo não nos tem como inimigos, ainda.

sábado, 5 de junho de 2010

Nostalgia

Tenho passado por tantas dificuldades atualmente, que me deixam até com saudade! Algo parece revelar o que sinto, mas ao mesmo tempo esconder. Não penso que será sempre assim, mas enquanto ser, quero viver na nostalgia... Pode ser bruto, mas apesar disso, terá um conceito, que será seguir em frente, e apenas viver naquilo que temos certeza que virá, o fim! O fim muitas vezes é a pior das coisas que existe, mas se pensarmos por nós mesmos, veremos que não é tão ruim assim.
Tenho passado por noites frias e conceituadas, que me obrigaram a pensar na obrigatoriedade de ter em mim a esperança e a razão, sendo que muitas vezes elas nos predominam, mas apenas tendo-as em si, seria algo realizado... Vejo o sol fervendo no ar e o vento dominando as águas, sinto uma pressão enorme em mente de terminar com aquilo tudo que me encasula nas redes da saudade, terminar com a insegurança que não consegue desabrochar e sumir com o pesadelo de temer pelo futuro. Coisas impossíveis, mas certamente serão avaliadas e correspondidas...